Empreendedores brasileiros já podem levantar capital sem depender de investidores ou incubadoras. Uma Bolsa de Valores voltada a startups foi inaugurada no mês passado na ilha caribenha de Curaçao. A ideia é simples: somente companhias recém-criadas podem negociar suas ações na SSX (sigla em inglês).Em entrevista ao G1, Jorge Cuartas, diretor de comunicação da organização, disse que não há valor mínimo ou máximo para uma oferta na bolsa, mas as 97 empresas que já se inscreveram pleiteiam entre US$ 100 mil e US$ 3 milhões. Assim como acontece no processo de listagem de ações comum, as startups também têm de estipular um valor que pretendem atingir e a quantidade de ações que serão colocadas no mercado.
Curiosamente, a SSX não funciona nos Estados Unidos ou Canadá, já que o principal objetivo é ajudar startups em países com economias mais difíceis, como é o caso do Brasil. Até o momento, seis companhias brasileiras já se inscreveram na bolsa e aguardam pelo aval da organização. A previsão é que, pelo menos, dez empresas nacionais realizem um IPO (oferta pública inicial) pela SSX.
O processo para a entrada na Bolsa de Valores de Startups é dividido em seis etapas. Primeiro, as empresas enviam um sumário executivo, então, passam por um processo de gestão conjunta e, a partir daí, são aprovadas ou eliminadas. A decisão final é feita pela autoridade de valores imobiliários da ilha caribenha, parceira operacional da SSX.
O custo para as empresas que chegam até o final do processo é de US$ 5.525, mais uma taxa de 1,5% sobre o valor arrecadado. Para quem curtiu a ideia, acesse aqui e saiba como cadastrar sua startup na bolsa de valores.
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