Trabalhar com TI é uma via de mão dupla: se por um lado os profissionais geralmente são bem remunerados e contam com benefícios dificilmente encontrados em outras áreas, por outro eles são obrigados a lidar com um ambiente que costuma ser estressante demais. E o bullying entra nessa conta.
Rich Waidmann, fundador e CEO de uma companhia norte-americana chamada Connectria Hosting, encabeçou uma pesquisa que descobriu que 55% dos profissionais de TI sofrem assédio de algum colega de trabalho. Outros 65% dizem ter medo de ir trabalhar por causa do comportamento de alguém da empresa.
O estudo é pequeno, tendo contatado apenas 250 pessoas, mas ele revela dados embaraçosos para uma indústria tão poderosa. 83% dos entrevistados já sofreram algum tipo de bullying nos últimos cinco anos e 25% deles admitem que são eles próprios os encranqueiros de seus escritórios.
Na tentativa de reverter o quadro, Waidmann criou a campanha No Jerks Allowed (algo como "proibido para idiotas"), que procura conscientizar profissionais e empresas acerca do problema.
Ele categorizou os cinco tipos mais comuns de assediadores do mercado, conforme publicado pelo Business Insider. O principal, indicado por 30% dos entrevistados, é o "sabe-tudo"; depois dele vêm o bully (26%), o reclamão (21%), o puxa-saco (16%) e o fofoqueiro (4%).
Dois terços dos profissionais entendem que esses personagens diminuem a moral dos demais funcionários. Para 42%, eles fazem com que as pessoas prefiram trabalhar sozinhas, em vez de colaborar com a equipe, outros 40% ligam esses comportamentos à queda na qualidade de trabalho da empresa e 1/3 acha que é por causa dos encrenqueiros que seus trabalhos não são concluídos como deveriam.
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